Um dos assuntos de maior destaque na mídia nas últimas semanas tem sido a gripe suína, seu avanço pelo mundo e as consequências do aumento de número de casos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, há mais de 9.800 casos confirmados em 40 países.
Todo o debate em torno dessa doença respiratória que teve origem em porcos a partir da combinação de material genético de diferentes vírus de gripe fez com que a nutricionista da Franquia Mundo Verde, Bruna Murta, escrevesse um artigo sobre as relações entre a gripe suína e o consumo de alimentos. Confiram o que ela diz sobre nossos hábitos alimentares e a escolha pelo vegetarianismo:
A grande demanda por produtos fabricados com a carne de porco, em virtude do constante crescimento do consumo desses derivados, faz com que a criação desses animais aumente a cada dia. Em 1965, havia nos EUA cerca de 53 milhões de porcos espalhados entre mais de um milhão de currais. Hoje, mais de 65 milhões de porcos concentram-se em 65 mil instalações. Esse grande aumento na criação desses animais significa um amontoamento de dezenas de milhares de animais com sistemas imunológicos debilitados. Cientistas advertem sobre o perigo das granjas industriais: a contínua circulação de vírus nestes ambientes aumenta as oportunidades de aparição de novos vírus mais eficientes na transmissão entre humanos.
Há relatos de que nos EUA, há regiões onde a população de porcos chega a cinco para cada habitante. Esse dado nos mostra como estão as regiões onde há criação de porcos, com todos os restos fecais que são expostos em grandes tanques, nos quais são colocadas as fezes e jogados os porcos que morrem e demais dejetos orgânicos.
Algumas empresas de produção de derivados da carne de porco podem estar diretamente ligadas ao surto da gripe suína. Em muitas delas, os resíduos orgânicos e fecais produzidos não são tratados adequadamente, levando à contaminação da água e do vento.
Diante disso, é importante que passemos a questionar a origem e a forma de como se produz o que comemos.
Uma das principais razões que leva as pessoas a se tornarem vegetarianas é o respeito pelos animais, a fim de eliminar todos os tipos de exploração e experiências feitas com eles. A competição para produzir carnes e outros derivados dos animais faz com que os mesmos sejam tratados como objetos e mercadorias. As condições em que são criados são cada vez piores: espaços minúsculos, condições estressantes, más condições de transporte, as crias são tiradas de suas mães, etc.
Um exemplo disso são os porcos que, por serem sensíveis ao estresse, adoecem com muita facilidade quando são transportados ao matadouro ou para engorda em uma região distante. Geralmente são mantidos no escuro por aproximadamente 24 horas para se acalmarem. As mães são impedidas de cuidar de suas crias, e somente as alimentam para que engordem. Os filhotes são levados ao desmame após 3 a 4 semanas de vida, ao invés das 14 semanas naturais. Com cerca de 70 dias de vida são levados à engorda, onde são colocados em cubículos, em pavimentos de grades sem palha, provocando feridas nas suas patas. Estes animais sofrem de estresse severo devido à limitação de seus movimento e, frustrados, acabam adoecendo. Daí o excesso de antibióticos.
As dietas vegetarianas proporcionam vantagens econômicas, além de contribuírem para erradicar a fome no mundo. Cerca de 33% dos grãos produzidos no mundo são para alimentar os animais criados para o consumo humano. Com o aumento do vegetarianismo, poderá haver muito menos pessoas subnutridas ou que morram de fome em todo o mundo.
Ao ser vegetariano, privilegia-se o respeito pelo outro e pelos animais. Ser vegetariano é, sem dúvida, uma forma mais harmoniosa e compassiva de encarar os animais e o mundo. Uma opção mais natural de vida e de estar em sintonia com natureza e consigo próprio.
E você, o que acha? É adepto do vegetarianismo? Conte sua experiência! Comente e partilhe suas opiniões!
Eu sou um “quase-vegetariano” há cerca de 2 anos. Ainda consumo eventualmente peixe e frutos do mar.
Minha opção partiu, em grande medida, do conhecimento sobre a forma como os animais são tratados. “Isso não pode fazer bem para mim”, pensava eu.
A melhor parte foi perceber o quanto eu me senti uma pessoa mais disposta, com menos peso e importante: feliz por estar deixando de contribuir pra essa indústria que não mede esforços pra ganhar cada vez mais dinheiro, mesmo que isto signifique probelmas de saúde para quem consome.
Não gosto de sair pregando para todos serem vegetarianos, pois respeito o gosto de cada um, mas todos deveriam considerar em reduzir um pouco que seja (uma vez por semana?, duas?) o consumo de carne.
Excelente post! Go vegan!
Excelente este artigo da nutricionista Bruna Murta do Mundo Verde. A verdade a respeito da criação para abate desses animais, revolta qualquer pessoa que tenha algum resquício de amor pelos outros e pelos animais em particular. É gritante o desprezo que esses grandes conglomerados de produtores de alimentos derivados de carnes, têm com relação aos animais. Se isso não bastasse, os números divulgados nesse artigo de Bruna Murta, já deixam qualquer ser humano quase desesperado com a situação da segurança em saúde pública. Precisamos fazer alguma coisa. É urgente que esses empresários passem a pensar que estão causando sérios problemas para a saúde de toda a população do planeta.
Como tio da jovem nutricionista da Franquia “Mundo Verde” – Bruna Bolanho Murta – sinto-me vaidoso, orgulhoso e feliz em ler o importante e sério “Alerta” que escreveu, como representante da mencionada franquia, sempre tão preocupada em oferecer ao seu público, os mais variegados artigos alimentícios e medicinais, todos produzidos a partir de matérias-primas e insumos genuinamente oriundos de vegetais e, notadamente naturais.
Parabéns, querida sobrinha, por sua competência, seriedade e profissionalismo de, nesses nossos dias, em que o planeta se “envenena e intoxica” com tantos hábitos alimentares e de consumo, tão nocivos à saúde, e que conduzem a abreviar a vida, levantar esta bandeira em prol de alimentos mais naturais e de uma vida mais longa e saudável.
Olha,relmente as conições estressantes q os animais são submetids povocam uma reaçã de revolta, ao menos em mim. Fora um outro ponto q tenho cnhecimento q é questõ de pq algumas carnes nos fazem tao mal nos deixando tão pesados e com dificuldade de digestão q é a quantidade hormonal das carnes. Pelo fato de os animais serem criados basicamente com hormonios e n alimntação in natura, o nosso organismo é quem acaba absorvendo todos esses hormonios e daí surgem nossos problemas hormonais entre outros com a obesidade. Por esse lado, eu fico mal.
Mas ao mesmo tempo, eu penso também q chega a haer uma certa hipocrisia no vegetarianismo q é “ter respeito pelos animais e n ter respeito pela natureza”. Somos condenados por matar animais mas, n somos nem um pouco advertidos por matar plantas. Outra é q axo q a natureza e n smples questões de principios, nos criaram da maneira q somos. Então pq mudar?
N sou adepta porém, tb n sou uma megcarnivora. N tenho nada contra quem é mas, o papo vegetariano n me convence.
Ótimas colaborações, pessoal!
A questão do vegetarianismo é polêmica e tem muitas abordagens diferentes, mas o que importa é assumirmos uma postura mais consciente em relação à nossa vida de um modo geral.
Muito obrigada pelos comentários!